Educação e cidadania

Artigo publicado no jornal “O Escritor”, São Paulo, Brasil, Fevereiro de 2017.

Há tanto para fazer no Brasil que, às vezes, chega a ser difícil escolher qual das lutas encabeçar. Pois bem, neste início do segundo mandato de uma nova diretoria, o engajamento na melhoria da Educação será o mote dos próximos dois anos de trabalho.

A educação de qualidade não é um privilégio e, sim, um direito inafastável, sem a qual não há democracia. O estado democrático de Direito está fragilizado, pela precariedade do nível educacional e cultural da maioria da população brasileira.

O baixo nível educacional compromete a democracia, na medida em que não permite a formação de cidadãos com capacidade analítica, crítica e transformadora perante o cenário social e político do Brasil e do mundo, relegando-os à condição de meros e alienados espectadores.

Lembrando Paulo Freire, que afirmava que a prática de pensar é a melhor forma de aprender corretamente, essa prática é, em primeiro lugar, a própria prática do educador que irá servir de canal impulsionador do sujeito que sempre quer saber mais e com isto está aberto a novos aprendizados, a conexões com diferentes formas de pensar e consegue, depois de certo tempo, exercer o livre pensar e o pensar crítico.

É neste sentido que uma entidade como a UBE irá apoiar, promover e se engajar em atividades que permitam o exercício desta prática. E vale a pena lembrar que está no DNA dos escritores o exercício diário do livre pensar que, por sua vez, torna possíveis obras ricas que documentam nosso tempo, nossas culturas e nossa memória.

Sugestões para esta campanha de engajamento com a educação são todas bem-vindas. Conectem-se com a UBE e vamos juntos engrossar as fileiras por uma Educação de qualidade no Brasil.